Sedese distribui cestas básicas para povos e comunidades tradicionais em parceria com AR.TE SALVA

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A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) em parceria com o projeto AR.TE SALVA da Secretaria de Cultura (Secult) distribuiu, até o momento, 24284 cestas básicas para povos e comunidades tradicionais de Minas Gerais. Os alimentos, doados ao estado pelo projeto Fazer o Bem Faz Bem, já beneficiaram mais de 24 mil famílias mineiras . Outras 4 mil cestas vão contemplar a demanda de mais comunidades e povos durante as próximas semanas.

 Em Minas Gerais os Povos e Comunidades Tradicionais somam 17 segmentos atualmente reconhecidos pela Comissão Estadual de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (CEPCT/MG). São produtores de cultura inseridos em importantes cadeias e circuitos e principalmente atores que acumulam e transmitem, através das gerações, inúmeros conhecimentos tradicionais.

 Até o momento foram distribuídas no estado cestas para povos de Matriz Africana e Povos de Terreiro, Ciganos, Circenses, Indígenas, Quilombolas, Vazanteiros, Geraizeiros, Veredeiros, Apanhadores de Sempre-Viva e Pescadores. A distribuição das cestas básicas foi realizada com base nas demandas apresentadas pelas lideranças das comunidades. O Conselho Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Conepir) e a CEPCT consolidaram as solicitações e definiram regiões prioritárias de atendimento: Norte, Jequitinhonha, Rio Doce e Vale do Mucuri.

 Na lista das comunidades atendidas está o terreiro Roça N’Gunzo Kaiala Mazambi, em Montes Claros, no norte de Minas. Tateto Italandê, dirigente da Roça, destaca que os alimentos chegaram em boa hora, uma vez que os membros das comunidades estão com dificuldades de obterem renda. “A maioria dos membros das nossas casas são trabalhadores autônomos, então nossos filhos, pais e demais membros estão desempregados nesse período de pandemia. Somos muito gratos pelas doações, e esperamos que novas parcerias possam ser feitas para enfrentarmos juntos esse momento de pandemia”, relata.

 Merong Taporumã, da família Camacã Mongoió, uma das etnias que compõem o povo indígena Pataxó Hã-Hã-Hãe, também agradeceu ao Governo de Minas e ao AR.TE SALVA pela doação dos alimentos, e reforça o pedido para a continuidade das ações solidárias. “Nossas famílias, que estão vivendo em contexto urbano nesse tempo de pandemia, são muito gratas por serem contempladas com esses alimentos, de forma que não falte comida para ninguém. Seguiremos firmes e fortes na luta pelo nosso povo, e pedimos que, quem puder, continue contribuindo para que esses alimentos cheguem a quem precisa”, destaca.

 Apesar da riqueza cultural da qual são portadores e guardiões, a maioria dos Povos e Comunidades Tradicionais vivem em situação de extrema pobreza, situação que foi agravada em consequência dos efeitos socioeconômicos da pandemia. Segundo Valdinalva dos Santos Caldas, presidente do Conepir, a ajuda emergencial foi de extrema importância. “A partir do momento que houve a distribuição destas cestas reconheceu-se a existência da diversidade cultural de Minas Gerais. A distribuição emergencial desses alimentos é importantíssima e nós como sociedade não podemos nos esquecer da existência desses povos”, afirma.

 AR.TE SALVA

 O projeto AR.TE SALVA é uma rede solidária formada pelo Governo de Minas, iniciativa privada e entidades da sociedade civil para dar suporte emergencial a profissionais e comunidades em maior vulnerabilidade no momento. Essa campanha visa garantir proteção aos atores da cadeia da cultura e do turismo que foram de sobremaneira afetados com a crise financeira decorrente da pandemia do coronavírus. Busca-se atender os profissionais da Economia Criativa de Minas Gerais, dos realizadores e empreendedores da Cultura e Turismo do estado. Objetiva-se também a atenção aos povos e comunidades tradicionais, importantes integrantes da cadeia da cultura e do turismo, que se encontram em situação de extrema vulnerabilidade. A campanha visa arrecadar donativos, especialmente cestas básicas e produtos alimentícios para distribuir aos segmentos da cultura e do turismo, com o objetivo de garantia da segurança alimentar desse público.

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