Empresários e Vereadores apoiam desapropriação de terras da Aperam para Distrito Industrial em Capelinha

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Prefeitura solicitou desapropriação de terras com pagamento de cerca de 260 mil reais, mas valor deverá ser contestado pela empresa. 

Neste dia 1º de maio, empresários capelinhenses, com o apoio de vereadores do município, promoveram uma manifestação pacífica em apoio ao município de Capelinha, que busca a desapropriação de 62 hectares, de propriedade da Aperam Bioenergia.  

O terreno, localizado no lado direito da MG-308, sentido Turmalina e também às margens da MG-211, sentido município de Novo Cruzeiro, voltando para o sentido ao Posto Real e Rocha encerrando o perímetro, foi solicitado pelo município por meio de uma desapropriação sob Interesse Público. 

De acordo com informações repassadas pelo Presidente da Câmara, Gilmar Santos, ao saberem sobre a desapropriação, empresários capelinhenses solicitaram uma reunião com a Câmara do município através do Vereador Iadson, onde tomaram conhecimento que a empresa estava contestando o valor, chegando a solicitar o valor real do imóvel. Empresários de Capelinha se manifestaram contrários à posição da empresa, e defendem que a empresa deveria doar a área para o município.  

Tomados por essa motivação, a manifestação ocorrida neste sábado, foi em apoio ao processo de desapropriação iniciado pelo município e contrário à cobrança de valores pela Aperam.  

Em conversa com o portal Gazeta, o Vereador e Presidente da Câmara, Gilmar Santos, questiona a atitude da empresa. “As atividades da Aperam se iniciaram na região com a cessão de uso dada pelo Estado, de suas terras devolutas, ou seja, patrimônio do Povo Mineiro, para que a empresa pudesse explorá-las com a produção de madeira para abastecer os alto-fornos em Timóteo para a produção de aço. Hoje, a empresa quer receber uma quantia vultuosa que sairá do bolso do contribuinte. Se a multinacional cedesse a área, o recurso depositado em juízo e aquele pretendido pela mesma, poderia ser investido na infraestrutura do local” enfatiza o vereador.   

Na visão do empresário Léo Andrade, proprietário do Grupo Cellmax, que participou da manifestação, a desapropriação é necessária. “Estamos cercados pela Aperam e sem possibilidade de crescimento ficando muito restrito as opções de crescimento. Até o momento somos 150 empresários que precisamos de espaço para construir gerando assim mais tributos e empregos”, explica. 

“Meu pai já trabalhou na empresa, e graças a ela muitos pais tiram seus sustentos. Ela é uma potência, ajuda o comércio local e acredito que ela se manifestará favorável. Para ela isso é pouco, mas para muitos, quando concluído o projeto, será tudo que terão”, destaca Léo.  

Segundo ele, o Distrito Industrial é um projeto gigante e mesmo a Aperam doando está área, a Prefeitura fará um investimento de milhões de reais com a ajuda todos os empresários que também farão sua contra partida conforme a sua necessidade de espaço. 

Casas Populares  

De acordo com informações colhidas pelo portal, a área, de 62 hectares, requisitada pelo município, será utilizada para a implantação de um distrito industrial,  e o vereador Tozão da Cana defende que mais terras sejam necessárias para a construção de Casas Populares: “Estamos com mais de 500 famílias que precisam de um teto, por isso mais terreno é necessário, pois com ele poderemos buscar recursos junto ao governo estadual e federal para construção de casas populares”, enfatiza o Vereador Tozão da Cana.  

Projeto de desenvolvimento econômico 

Em uma publicação realizada pelo Prefeito Tadeuzinho em redes sociais, o político explica que a desapropriação da área foi solicitada no início de abril. 

Ainda, segundo ele, “o vice-prefeito, Aléquison Gomes, vem trabalhando em um projeto de desenvolvimento econômico que será enviado ainda essa semana à Câmara de Capelinha para criar incentivos fiscais às empresas que gerarem mais emprego e renda”, informa a nota. 

Direito de resposta  

O Portal Gazeta dos Vales encaminhou para a empresa um e-mail, na tarde deste domingo, 2 de maio, em que solicita seu posicionamento sobre a manifestação. Assim que a resposta for enviada, a mesma será publicada no portal. 

Foto: César Paranhos

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