Brasil pode ter terceira onda de Covid em julho e até 700 mil mortes, diz estudo

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Se 95% da população aderir ao uso de máscara, que, conforme os pesquisadores, é aceito por 69% dos brasileiros atualmente, 50 mil vidas seriam poupadas.

Uma projeção do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade Washington, Estados Unidos, calcula que, caso haja relaxamento absoluto de medidas restritivas contra a Covid-19 no Brasil, o país pode enfrentar, a partir de julho de 2021, uma terceira onda ainda mais grave da doença, com 4.200 mortes diárias no pico.

O resultado é o pior cenário calculado pelos pesquisadores, que aponta até 688 mil mortos no país no primeiro de agosto.

Caso o cenário atual, com leve aumento na vacinação e ainda com certas medidas de restrição de circulação em voga, prevê platô de mortes diárias em 2.000 até junho, quando haveria uma queda, que se estabilizaria em 1.200 óbitos diários em agosto. Com isso, haverá cerca 575 mil vidas perdidas no total no mesmo período. 

Se 95% da população aderir ao uso de máscara, que, conforme os pesquisadores, é aceito por 69% dos brasileiros atualmente, 50 mil vidas seriam poupadas, com 525 mil mortes até o primeiro de agosto.

Wanderson de Oliveira, ex-secretário nacional de Vigilância em Saúde, que comandou o combate à pandemia junto ao ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, analisou os números da universidade de Washington, e ressaltou que os pesquisadores têm acertado as previsões. 

“Enfrentaremos algo dentro do intervalo das linhas pontilhadas vermelha e roxa [688 mil e 575 mil mortes até 1º de agosto], sendo que pode piorar se a população relaxar demais. Além disso, devemos considerar a possibilidade de já termos a circulação da variante da Índia no Brasil”, afirmou, em entrevista à “TV Record”. 

Fonte e foto: Jornal O Tempo

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