Autismo: Como agir após a confirmação do diagnóstico?

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Neste sábado, 02 de abril, comemora-se o Dia Mundial de Conscientização do Autismo

Atrasos na fala, movimentos repetitivos e estereotipados, hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais, dificuldade de comunicação e socialização, necessidade rigorosa de manter a rotina e dificuldade com flexibilidade cognitiva são alguns dos principais sintomas de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Os pais e responsáveis devem observar atentamente as suas crianças e ao identificar alguns ou todos esses sinais é essencial buscar ajuda profissional para a confirmação do diagnóstico e início dos acompanhamentos”. É o que explica a fonoaudióloga comportamental e especialista em TEA, Maria Bethânia Mendes.

De acordo com a profissional, o tempo é um aliado ou um vilão em caso de confirmação do transtorno. “Quanto mais cedo o TEA for identificado, mais rápida será a iniciação do tratamento e a ciência já comprovou que intervenção precoce pode mudar o prognóstico. Os resultados e a evolução do paciente, consequentemente, virão mais rápido”, esclarece Bethânia. O acompanhamento das pessoas com TEA deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, formada por psiquiatra, neurologista, fonoaudiólogo, psicopedagogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, entre outros, de acordo com cada caso e suas necessidades específicas.

O autismo não tem cura, já que é um Transtorno e não uma doença, mas o acompanhamento de profissionais capacitados e a manutenção das terapias necessárias podem melhorar significativamente a capacidade de comunicação e a qualidade de vida das pessoas com o transtorno. “As dificuldades de fala, comunicação, linguagem, comportamentais e os demais sintomas devem ser trabalhados imediatamente após a confirmação do diagnóstico para que possam apresentar resultados robustos, que impactem verdadeiramente o desenvolvimento de pessoas com TEA”, acrescenta Bethânia.

Neste sábado, 02 de abril, comemora-se o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e a Campanha Abril Azul vem para sensibilizar a população quanto ao tema e estimular a inclusão social dessas pessoas e suas famílias.

PANDEMIA – Nos consultórios também há relatos de prejuízos nos tratamentos em razão da pandemia de coronavírus. “Trazendo a temática para os dias atuais, as pessoas com autismo compõem um dos grupos mais impactados com o isolamento social. Muitas famílias paralisaram as terapias por dificuldades financeiras ou de logística”, explica a fonoaudióloga.

DADOS – De acordo com uma pesquisa realizada pelo Center of Deseases Control and Prevention (CDC), órgão do governo americano, uma a cada 54 pessoas tem autismo. Neste caso, no Brasil, estima-se que existam 4 milhões de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Já a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) diz que, mundialmente, há um caso a cada 160 nascimentos. Os dados serão mais claros no Brasil a partir do Censo 2020, que será realizado a partir de agosto deste ano. É que a Lei 13.861 , sancionada em 2019, obriga o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) a perguntar às famílias sobre pessoas com autismo na residência.

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