Lula defende inclusão do gás de cozinha entre os itens da cesta básica

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve oficializar em 7 de maio a pré-candidatura para retornar ao Palácio do Planalto, defendeu a inclusão do gás de cozinha como item da cesta básica. A medida, segundo ele, seria uma forma de preservar o preço do insumo que vem registrando sucessivos aumentos.

“Durante todo o período do meu governo, nós não aumentamos o preço do gás na Petrobras. O gás tem que ser considerado um bem da cesta básica. É isso que temos que fazer. Lamentavelmente, nós não temos governo. É preciso a gente reconstruir a governança e fazer com que esse país viva bem”, disse Lula. Ele concedeu entrevista para a rádio Conexão 98 FM, de Palmas (TO).

Lula afirmou que os altos preços são fruto de “irresponsabilidade governamental” e que é preciso “abrasileirar” o valor dos derivados de gás e petróleo, como combustíveis, para fazer a desvinculação ao dólar.

“O Brasil não tem nenhuma necessidade de ter preço vinculado ao dólar e ao preço internacional. […] Não tem sentido nesse país alguém pagar R$ 122 num botijão de 13 quilos de gás e ter gente cozinhando no meio da rua em São Paulo e no Rio de Janeiro com tijolo e lenha porque não tem dinheiro para comprar o gás”, destacou.

“Se eu voltar a governar esse país, nós vamos abrasileirar o preço do gás, o preço do óleo diesel, os preços da gasolina. Nós somos autossuficientes, o petróleo é prospectado em real, as sondas são feitas em reais, os trabalhadores ganham salário em real, portanto não há explicação para dolarizar”, acrescentou.

O ex-presidente avaliou que a paridade dos combustíveis brasileiros aos preços internacionais serve apenas para aumentar dividendos para acionistas. De acordo com ele, uma parte dos dividendos deveria ser transformada em novos investimentos da Petrobras.

Ainda na entrevista, ao ser questionado sobre como vai mudar a política de preços da Petrobras sem gerar uma crise com os acionistas da estatal, Lula afirmou que o país precisa eleger um presidente que tenha credibilidade interna e externa e que dê previsibilidade sobre as ações que serão tomadas.

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