Hospital de Capelinha avança e passará a ser referência microrregional de média complexidade

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Com mudança, Fundação Hospitalar passa a ser a porta de entrada para quase 120 mil pessoas das 8 cidades da região

A Fundação Hospitalar São Vicente de Paulo de Capelinha foi reconhecida oficialmente pelo Programa Valora Minas, como um Hospital de Média Complexidade, sendo referência para 8 municípios da região em atendimento em saúde.

O avanço do hospital de Nível 4 para nível 3, foi conquistado graças ao trabalho realizado pela Fundação Hospitalar e da Secretaria Municipal de Saúde do município. Em termos financeiros, a instituição passará a receber 20% a mais de recursos do estado, a partir de outubro.

Com esse aumento a Fundação Hospitalar em Capelinha poderá ampliar ainda mais a oferta de serviços na áreas de Ortopedia, Urologia e Outras Especialidades. Por outro lado, a Fundação Hospitalar passará a atender, além de Capelinha, outros sete municípios da região, sendo as cidades de, Leme do Prado, Veredinha, Chapada do Norte, José Gonçalves de Minas, Aricanduva, Minas Novas e Turmalina, totalizando uma população estimada em mais de 120 mil habitantes.

Confira abaixo a entrevista realizada com a Secretária de Saúde Célia Peçanha:

Gazeta: Qual e a instituição responsável pela classificação dos hospitais em Minas?

Célia Peçanha: A instituição responsável pela classificação dos hospitais em Minas Gerais é o Governo do Estado. Agora o programa que realiza a classificação se chama Valora Minas, que é uma metodologia que trabalha na avaliação das instituições, as que produzem mais, recebem um maior incentivo.

Secretária de Saúde de Capelinha, Célia Peçanha, durante oficinas do Valora Minas

Gazeta: O que significa nível 3? Quais os serviços podem ser ofertados?

Célia Peçanha: Significa que fomos classificados em um nível mais elevado em comparação ao que tínhamos antes. Éramos nível 4, agora somos nível 3, considerado assim um hospital microrregional. Temos agora a responsabilidade de sermos referência em todos os 8 municípios da região, com um aporte financeiro maior para que possamos investir em outros serviços como urologia, ortopedia e buscando também investir em outras especialidades.

Gazeta: Com essa classificação, o CTI tem mais chance de permanecer em Capelinha?

Célia Peçanha: Essa é uma pergunta complicada de responder. Mas enquanto Secretaria Municipal de Saúde e também enquanto Fundação Hospitalar, o que afirmamos é que iremos fazer de tudo para manter o CTI aqui em nossa cidade. Nós já credenciamos o serviço de CTI até 31 de dezembro, e, aproximando-se do final do ano, vamos começar a lutar para manter o CTI aqui de forma definitiva.

Se conseguirmos manter o CTI em nossa cidade, poderemos pleitear para o próximo ano o nível 2, que seria mais investimento, mais recursos e melhorias na qualidade do serviço.

Gazeta: Quais foram as barreiras para a conquista?

Célia Peçanha: Foram muitas as barreiras enfrentadas nos últimos 10 anos, mas nos últimos dois anos ficou muito evidente para o estado e para todos o investimento, a melhoria no atendimento e a evolução dos serviços prestados. Tivemos muita dificuldade de encontrar profissionais, mas não desistimos. 

Gazeta O Hospital de Capelinha já foi nível 3? E desde quando ele passou a nível 4?

Célia Peçanha: O hospital de Capelinha nunca foi nível 3. Essa política de classificação hospitalar começou a pouco mais de 10 anos. Desde então, o município vem se movimentando muito para chegar ao nível 3.

Gazeta: essa classificação é definitiva? Em quanto tempo ela é reavaliada?

Célia Peçanha: Essa classificação é definitiva e será firmada em uma portaria em agosto. Em setembro começaremos a trabalhar e outubro começaremos a receber os recursos. Essa política do Valora Minas irá avaliar os municípios anualmente o desempenho dos hospitais. Se um hospital não conseguir produzir bem durante o ano, ele não perderá o nível, mas perderá recursos.

O que é o Valora Minas?

A implantação do Valora Minas, foi iniciada nesta terça-feira (29/6), na macrorregião Jequitinhonha, e finalizada na última quinta-feira, 1 de julho.  O Programa é nova política de Atenção Hospitalar do Estado de Minas Gerais, que visa desburocratizar o repasse de recursos e melhorar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, serão destinados 1 bilhão de reais, por ano, para investimento no complexo hospitalar de Minas, sendo a política pública com o maior financiamento do Estado.

Durante três dias, por meio de videoconferências, representantes do nível central da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), com o apoio da equipe da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Diamantina apresentam e avaliam, junto aos gestores de saúde dos 31 municípios da região, a reestruturação da antiga Política de Atenção Hospitalar (PAH), vigente desde 2003. Nas oficinas serão definidos os beneficiários do Valora Minas e o montante de recurso que será alocado em cada unidade hospitalar, visando aperfeiçoar a organização da assistência em saúde no território.

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