Diversidade nas empresas: não basta ter a intenção, é preciso viver a prática

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Em um mercado cada vez mais globalizado, a diversidade numa empresa vai além de respeitar e aceitar as diferenças. Torna-se elo essencial para entender que uma equipe com diversos perfis fica mais rica em talentos

Por Walisson Oliveira – Jornalista

Dados do “Cenário Brasileiro da Diversidade e Inclusão”, fruto da parceria entre a consultoria Mais Diversidade e a Você RH, apontou que cerca de 65% das empresas mapeadas, em território nacional, não possuem estratégias que direcionem as suas iniciativas para ações de diversidade e inclusão.

Todavia, o estudo realizado com 293 organizações nacionais e multinacionais com matrizes em 34 diferentes países, identificou que 97% destas empresas pretendem promover investimentos e ações em diversidade e inclusão ainda em 2021.

Apesar do grande número de organizações que afirmam ‘ter alguma’ iniciativa associada à diversidade, 2/3 delas não possuem os seus processos implementados ou ainda estão em vias de implementação, dado corroborado com que apenas 26% delas adequaram as suas práticas de RH às iniciativas necessárias de inclusão e diversidade.

Quando empresas abrem as portas para a diversidade, elas aumentam as chances de soluções, de ideias, de estratégias, de empreendedorismo, de inovação

De acordo com o relações públicas Rodrigo Almeida, “não basta ter a intenção, é preciso viver a prática. Há uma expressiva diferença entre falar sobre diversidade, vender diversidade e ter a diversidade como cultura organizacional”, pontua.

Torna-se importante destacar as empresas que estimulam o diálogo entre colaboradores e chefia promovem um ambiente de maior confiança, provocando na equipe a sensação de espaço fértil para opinião, mudança e inovação. Com efeito, em cadeia, a prática da inovação está intimamente ligada às variadas percepções e experiências sobre algo ou alguém que, por consequência, está estreitamente vinculada à pauta da diversidade.

Ambientes diversos promovem inclusão não só organizacional, mas de forma ampla à sociedade, visto que quando negócios/produtos/serviços são pensados por equipes com perfis heterogêneos, há maior probabilidade de dialogar e atender as expectativas de grupos diversos.

“Pensar diversidade e inclusão não é só um movimento social requerido, mas uma exigência inegociável para a sobrevivência da organização. Empresas necessitam corporificar a presença de múltiplos pensamentos, culturas, formações, gênero, orientação sexual, etnias, cor/raça, idade e experiências”, conclui Rodrigo Almeida, que também é mestre em Gestão e Tecnologia.

Desta forma, fazer a diversidade acontecer é abrir espaços de diálogo, contrapontos e questionamentos ao que está sendo praticado e ao que será apresentado. Há caminhos para que as vozes sejam ouvidas e os rostos ganhem singularidades, e esse deve ser o compromisso da década.

Foto: Ilustração.

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